Diante da rotina atribulada do atendimento clínico e a necessidade de gerenciar questões administrativas do consultório, a contabilidade para dentistas pode ser um tanto quanto trabalhosa.
Se você já está exercendo tarefas gerenciais mais do que imaginava, provavelmente busca como fazer sua clínica se destacar no mercado de maneira consistente, e a gestão dos fatores contábeis pode fazer toda a diferença para atingir o sucesso.
No entanto, é preciso compreender conceitos contábeis e mais do que isso: colocá-los em prática com muito planejamento e organização. Entender os custos, otimizar o fluxo de caixa e organizar os impostos são alguns exemplos.
Neste artigo, falaremos sobre como a contabilidade para dentistas pode funcionar e trazer ótimos resultados. Daremos dicas para que você saiba tomar decisões eficientes e práticas, otimizando seu tempo e rentabilidade. Vamos lá?
Dicas sobre contabilidade para dentistas
Entenda os impostos de acordo com o regime tributário
Calma! Os aspectos legais e tributários não são tão assustadores como muitos profissionais da saúde pensam. Você só precisa compreender quais deles se aplicam ao seu regime tributário, encontrando a maneira mais adequada para sua atuação no mercado.
É claro que o ideal é que a clínica ou consultório exerça suas atividades pagando a menor quantidade de impostos permitida pela legislação. Assim, o primeiro passo é considerar o valor de faturamento. A partir dessa informação, é possível encontrar o regime tributário ideal para sua clínica. Veja, a seguir, os três tipos de regime que a legislação permite para os profissionais da odontologia.
Simples Nacional
As clínicas optantes devem ter um faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. É um regime facultativo e a maior vantagem é que as empresas podem optar pelo recolhimento unificado por meio do Documento Único de Arrecadação, com alíquotas que variam de 6% a 33%.
Lucro presumido
A carga tributária é de 11,33% e inclui os impostos PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e ISS, com um limite de faturamento anual de R$ 78 milhões.
Lucro real
Esse regime tributário considera os valores a serem somados ou descontados e, a partir da verificação e apuração do lucro líquido, os encargos podem aumentar ou diminuir. Cabe, portanto, a cada profissional analisar qual o regime tributário se adéqua melhor à sua realidade, desfazendo-se da concepção de que isso é apenas mais uma maneira de pagar impostos. Assim, é possível agregar um controle mais eficiente e equilibrar sua contabilidade.
Saiba diferenciar os custos fixos dos variáveis
Essa é uma das tarefas mais simples, e ao mesmo tempo mais efetivas, ao implantar uma boa contabilidade para dentistas e tomar decisões certas ao lidar com o dinheiro da clínica. Contudo o que acontece é que ela é muitas vezes ignorada, o que pode causar contratempos na gestão do fluxo de caixa. Mas, afinal, o que seriam os custos fixos e variáveis?
Custos fixos
Os custos fixos são aqueles que não se alteram durante os meses, uma vez que são gastos essenciais ou derivam de decisões tomadas previamente. Alguns exemplos são contas de energia, luz e telefone, salário de funcionários, aluguel e impostos.
Custos variáveis
Já os custos variáveis são resultados de novas decisões ou ocorrem a partir de imprevistos gerados durante determinados períodos. A manutenção de equipamentos e compra de materiais mais tecnológicos, ou até mesmo a participação em algum congresso de odontologia, são alguns exemplos. A maneira como você organiza e prioriza esses custos, destinando a proporção ideal para cada tipo, é um dos principais fatores que conseguem ditar a qualidade da contabilidade para dentistas.
Avalie e controle os seus gastos
É muito importante gastar menos do que se recebe, portanto, uma boa opção pode ser optar por fazer pagamentos à vista, garantindo uma percepção mais clara dos gastos. Lembre-se: quanto maior a variabilidade da sua renda, maior a necessidade de previsão das despesas.
Nesse tópico, a organização é a chave para compreender todos os seus gastos. Comece avaliando quais deles são realmente necessários para que o seu empreendimento progrida com sucesso. Fazer uma lista, por exemplo, é uma tarefa relativamente fácil e garante uma visão mais abrangente da sua situação. Dessa maneira, você consegue alinhar suas fontes de renda com os gastos e planejar ações mais estratégicas.
Determine o controle do fluxo de caixa
O controle do fluxo de caixa é um dos mais importantes e eficientes passos de uma contabilidade para dentistas. O termo é bastante conhecido e, certamente, você já ouviu falar sobre isso. Mas você sabe executar esse método efetivamente?
Por meio do conhecimento do fluxo de caixa, você consegue compreender qual é a real situação contábil e financeira da sua clínica periodicamente, o que ajuda a ter uma boa noção do faturamento e se o empreendimento está lucrando ou ficando no vermelho. Nessa realidade, uma das maiores vantagens é a possibilidade de remanejar datas de entrada e saída, de maneira a passar todos os meses no lucro, com previsibilidade e planejamento.
Basicamente, você consegue fazer o fluxo de caixa registrando as alterações ao longo do mês, mantendo todos os registros da rotina da clínica. Assim, fica muito mais fácil analisar e avaliar as informações do fluxo de modo regular.
Foi possível perceber como a contabilidade para dentistas tem um papel essencial no sucesso da sua clínica? Com uma gestão contábil de excelência, é possível, inclusive, gastar menos e fazer tomadas de decisão com muito mais segurança e sensatez.
Todos os processos abordados neste artigo têm suas peculiaridades (podendo ser um tanto quanto trabalhosos). Sabemos também que essas tarefas operacionais demandam tempo e profundidade de um conhecimento mais técnico.
Uma excelente alternativa é escolher uma empresa que realize a gestão contábil de sua clínica. Hoje, já existem softwares que automatizam tanto o gerenciamento financeiro quanto o administrativo. Dessa maneira, você consegue se organizar melhor e ainda investir seu tempo e recursos em outras áreas mais interessantes.
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