Os profissionais de saúde precisam ter dados completos disponíveis sobre os problemas de saúde existentes. Desde os mais comuns até os mais graves, é necessário entender como esses problemas afetam a população, suas origens, tratamentos e técnicas de prevenção. Portanto, você não deve subestimarr a importância da CID.
Nesse cenário, a CID se configura como uma ferramenta de diagnóstico padrão essencial para o dia a dia do médico. Ela facilita a disponibilização de informações sobre doenças e o monitoramento de sua prevalência. Além disso, sua utilização padroniza a comunicação entre os profissionais.
Você já deve ter ouvido falar muito da CID em alguma situação. Contudo, sabe exatamente o que é e qual a razão de ela existir? Será que é apenas mais um código para complicar nossas vidas ou serve para nos ajudar em algum aspecto? Para esclarecer essas dúvidas, vamos explorar o tema mais a fundo.
Descubra agora no que consiste a sigla CID, para que serve, como pode nos ajudar e esclarecer. Além disso, passeie pelos capítulos bem resumidos, a fim de entender como esse código funciona.
O que é CID e para que ela serve?
A chamada Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é um registro estatístico publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Este documento reúne e divide as doenças conhecidas pelo homem e seus sintomas em categorias. Portanto, a padronização é fundamental para a comunicação eficaz.
Seu objetivo é criar uma codificação para as enfermidades por meio da padronização na nomenclatura, permitindo uma melhor comunicação entre os profissionais de saúde. Atualmente, encontra-se em sua décima primeira versão, ou seja, CID 11. Inicialmente publicada em 1992 e atualizada periodicamente, é organizada em 22 capítulos com letras e números de ordem crescente. O alfabeto completo de A a Z é associado aos números de 0 a 99.
O código construído possibilita a identificação de todas as doenças conhecidas, como também de sintomas, reclamações de pacientes, aspectos fisiológicos anormais, entre outros. Portanto, é uma ferramenta abrangente e detalhada.
Vale ressaltar que a tabela da CID, publicada pela OMS, pode ser consultada no site do
DATASUS (Departamento de Informática do SUS).
Por qual razão foi criada?
A primeira edição da CID foi lançada em 1893 e denominada lista internacional das causas de morte. No entanto, essa forma contemporânea iniciou-se em 1940. A classificação foi criada para facilitar o trabalho e a comunicação de médicos em todo o mundo. Portanto, é uma ferramenta histórica e essencial.
Muitas vezes, por problemas de tradução, alguns diagnósticos podem se perder. Mas, a partir do momento em que os códigos começaram a ser utilizados, a barreira do idioma foi vencida. Além disso, a padronização possibilita uma comunicação mais clara e eficaz com órgãos como a Previdência Social, por exemplo, que autoriza benefícios em atribuição de algumas disfunções, como o auxílio-doença.
O catálogo da CID facilita o levantamento de dados estatísticos e a formulação de
softwares especializados em medicina. Portanto, para todos os profissionais, a apresentação, os detalhes, as nomenclaturas, os processamentos e a comparação das doenças são as mesmas em nível mundial.
Traduzida para 43 idiomas, a CID 10 está presente em mais de 115 países. Em 2018, a OMS lançou uma nova classificação, a CID-11, para que os países possam analisá-la, planejar seu uso, preparar traduções e treinar os profissionais da saúde. A previsão é que a CID-11 seja apresentada oficialmente em maio de 2019 e entre em vigor a partir de 2022.
Qual a sua importância?
Identificar e analisar as enfermidades é importante para ajudar no diagnóstico e garantir um tratamento eficaz aos pacientes. Por esse motivo, o papel da CID é de extrema relevância, sobretudo, para auxiliar os médicos e dentistas. Portanto, por meio dela, esses profissionais podem buscar informações de diagnósticos e classificar dados referentes às causas das doenças.
Quais as novidades da CID-11?
A CID-11 retrata as modificações e os avanços ocorridos na Medicina e Tecnologia que aconteceram nos últimos anos. As novas
ferramentas eletrônicas permitem que as enfermidades sejam registradas de maneira mais fácil e eficaz. Portanto, a tecnologia é uma grande aliada.
Entre as principais novidades está a inclusão do distúrbio de games como um dos problemas de saúde mental, do estresse pós-traumático, da resistência antimicrobiana e atualizações na saúde sexual. Portanto, a CID-11 está mais atualizada e abrangente.
Quais as classificações existentes?
Capítulo 1:
Os códigos de A00 a B99 envolvem as
doenças infecciosas e as causadas por parasitas, como a amebíase, cólera, hepatites, meningite bacteriana, micoses, tricomoníases e diarreias provocadas por protozoários.
Capítulo 2:
Inclui os tumores e neoplasias. Estão localizados nesse capítulo os códigos de C00 a D48. Todos os tipos de câncer se enquadram nessa seção da CID, não importa se são malignos ou benignos, nem a região do organismo que eles se encontram.
Capítulo 3:
Os códigos de D50 a D89 são atribuídos às doenças do sangue, imunológicas e aos transtornos de formação das células sanguíneas ou hematopoéticos. Portanto, essas categorias abrangem uma variedade de condições críticas.
Capítulo 4:
É destinado aos distúrbios de metabolismo e de hormônios. Por isso, estão entre o E00 e o E90 a diabetes, o hipertireoidismo, a desnutrição, os transtornos do pâncreas e outras glândulas, como a adrenal. Portanto, essas condições são fundamentais no estudo de doenças metabólicas.
Capítulo 5:
As doenças mentais e comportamentais são classificadas entre o F00 e F99, como as fobias, a esquizofrenia, transtornos neuróticos e emocionais, dependências, abstinências, entre outras. Portanto, esse capítulo é essencial para a saúde mental.
Capítulo 6:
Na letra G, com código entre G00 e G99, se encontram os distúrbios do sistema nervoso, como as atrofias musculares, encefalites, escleroses, atrofias musculares, paralisias cerebrais e transtornos degenerativos, sistêmicos e inflamatórios. Portanto, esse capítulo cobre uma ampla gama de doenças neurológicas.
Capítulo 7:
Entre o H00 e o H59 estão todos os problemas ligados ao olho humano. A catarata é uma das doenças que podem ser encontradas nesse capítulo, junto com a conjuntivite, transtornos da pálpebra, íris, cristalino e o glaucoma. Portanto, ele é vital para a oftalmologia.
Capítulo 8:
São as doenças do ouvido que ficam entre o H60 e o H95, tais como as otites e malformações externas. Portanto, essas condições são cruciais para a audiologia.
Capítulo 9:
Transtornos do coração e sistema circulatório, assim como hipertensão, febre reumática e transtornos cardíacos crônicos, podem ser encontrados na letra I. Portanto, essas doenças são fundamentais para a cardiologia.
Capítulo 10:
Entre o J00 e o J99 ficam as doenças respiratórias, como as infecções agudas do aparelho, faringite, rinite, sinusite e gripe. Portanto, essas condições são essenciais para a pneumologia.
Capítulo 11:
Todos os problemas bucais tratados pelos dentistas estão nos códigos de K00 a K93. Os transtornos do aparelho digestivo, as cáries, má oclusão, perturbações na erupção dos dentes e elementos impactados também fazem parte desse capítulo da CID. Portanto, esse capítulo é essencial para a odontologia.
Capítulo 12:
Do L00 ao L99 estão as doenças de pele e tecido subcutâneo, como dermatites, erupções, celulite, urticária, eczema e bolhas. Portanto, essas condições são cruciais para a dermatologia.
Capítulo 13:
Tecido conjuntivo, ossos e músculos têm suas enfermidades compactadas entre o M00 e M99. Aqui estão as artroses, artrites, gota, sinovite, pé chato, problemas de joelho e meniscos e tantas outras deformidades que envolvem esse sistema. Portanto, essas condições são fundamentais para a ortopedia.
Capítulo 14:
Engloba na letra N os problemas nos órgãos genitais e do sistema urinário. Inclui-se aqui as doenças da mama. Portanto, esse capítulo é vital para a urologia e ginecologia.
Capítulo 15:
A gravidez e o parto são englobados pela letra O, unidos a todas as complicações que podem ocorrer durante a gestação, como os casos de hipertensão, infecções e tromboses, complicações pulmonares e pré-eclâmpsias. Portanto, essas condições são essenciais para a obstetrícia.
Capítulo 16:
Tudo o que acontece próximo ao nascimento da criança é englobado na letra P, como hemorragias, displasias, traumas, isquemias, doenças de tegumento, fraturas, infecções e hipóxia. Portanto, esse capítulo é crucial para a neonatologia.
Capítulo 17:
Malformações, como as fendas palatinas e labiais e todas as anomalias nos cromossomos que afetem qualquer parte do corpo da criança são incluídas entre o Q00 e o Q99. Portanto, essas condições são vitais para a genética.
Capítulo 18:
Em R estão os exames clínicos e laboratoriais que não foram classificados em nenhum outro capítulo. Esse capítulo é extremamente indefinido e apresenta os sintomas que não foram diagnosticados e resultados fora do normal. Portanto, ele abrange uma variedade de condições não especificadas.
Capítulo 19:
Da letra S até a T estão as causas e fatores externos; os envenenamentos e lesões como queimaduras, intoxicações, machucados pelo corpo e traumas. Portanto, esse capítulo é essencial para a medicina de emergência.
Capítulo 20:
As causas de morte e morbidades motivadas externamente, como em acidentes de trânsito e outros eventos, bem como quedas, esmagamentos e afogamentos, encontram-se entre as letras V e X. Portanto, essas condições são fundamentais para a medicina legal.
Capítulo 21:
A letra Z compreende variações que apresentam influência no estado de saúde e no acesso aos serviços. Nele estão relacionadas as doenças transmissíveis, pessoas que apresentam riscos a si mesmas e aos outros e pacientes que têm alguma dificuldade de encontrar e acessar o atendimento básico. Portanto, ele é crucial para a saúde pública.
Capítulo 22:
É o mais atualizado dos capítulos e compreende as doenças descobertas mais recentemente. Nos códigos especiais da letra U pode-se encontrar o zika vírus, doenças causadas por bactérias resistentes aos antibióticos, SARS (doenças respiratórias agudas graves) e outros indefinidos. Portanto, ele é vital para acompanhar novas ameaças à saúde.
Provavelmente, você não tem o conhecimento de todas essas doenças. Afinal, cada médico tem a sua especialidade e, mesmo que seja um cirurgião geral, ele não entende — a fundo — cada uma delas. Portanto, a CID é essencial para manter todos os profissionais informados.
A utilização da CID é feita em estatísticas. Entenda como:
Os profissionais de saúde utilizam a CID em atestados médicos, departamentos de pesquisas e previdência social. Ela facilita a realização de pesquisas sobre a ocorrência de determinadas doenças em uma localidade ou em um grupo específico de pessoas. Portanto, ela é essencial para a saúde pública.
É possível, a partir dela, ser mais minucioso nos cálculos de taxas de morbidade — quantidade proporcional de pessoas que manifestam uma doença em uma determinada população — ou, até mesmo, a taxa de mortalidade referente a uma doença. Portanto, as estatísticas geradas são extremamente valiosas.
Essas estatísticas contribuem para identificar os fatores do aparecimento de epidemias e endemias, possibilitando a criação de medidas educativas e preventivas direcionadas a determinadas doenças que têm maior índice de desenvolvimento. Portanto, elas ajudam na prevenção de doenças.
Vale a pena ressaltar que a manutenção da classificação das enfermidades e sua atualização constante é fundamental. Dessa maneira, é possível manter uma linguagem universal e atualizar os conhecimentos das doenças existentes, bem como as novas tecnologias e procedimentos clínicos. Portanto, estar atualizado é crucial.
Por isso, é importante se manter atualizado e acompanhar as mudanças da CID, a fim de melhorar sua comunicação com outros médicos, ampliar o seu entendimento do funcionamento do corpo e evolução de certas doenças e, por fim, para oferecer um
atendimento de excelência aos seus pacientes. Portanto, investir no conhecimento contínuo é essencial.
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