A evolução da internet proporcionou diversas vantagens para as empresas, inclusive no setor da saúde. Nesse cenário, além do desenvolvimento e monitoramento, outras atividades preventivas e uso de serviços tornaram-se necessárias para minimizar os riscos em relação a pontos como segurança de informação e abordagem estratégica do negócio.
A integridade e a confidencialidade dos dados são exigências indispensáveis quando se trata da saúde, e têm ganhado cada vez mais atenção à medida que aumenta a automação dos processos neste segmento. Afinal de contas, além de comprometer a reputação da instituição de saúde, as ameaças podem colocar em risco a relação com os pacientes por conta da falta de ética profissional.
Ao investir em segurança da informação, você reduz consideravelmente as chances de acontecer roubos, vazamentos e falsificações. Para isso, diversos recursos são utilizados, como o uso de softwares de gestão e o armazenamento em nuvem.
Para que você saiba mais sobre o assunto, preparamos este artigo com uma abordagem completa sobre a segurança de informação em sistemas médicos, destacando algumas dicas que ajudarão a garantir esse cuidado. Continue a leitura e confira!
Utilize um bom software de gestão
Como a rotina de atendimento de uma clínica médica necessita de vários requisitos para funcionar adequadamente, entre eles a segurança das informações, o software de gestão é um excelente aliado para auxiliar nesse processo. Os softwares de gestão auxiliam no gerenciamento da clínica com mais eficiência e produtividade. Os procedimentos são otimizados e o atendimento aos pacientes ganha qualidade, fazendo com que a abordagem se torne mais segura.
O Prontuário Eletrônico do Paciente, por exemplo, é uma funcionalidade que garante a precisão do atendimento médico com o paciente, além de reforçar a segurança do software de gestão, uma vez que todo o histórico clínico do paciente estará devidamente registrado nos arquivos.
Outro recurso interessante é a possibilidade de estabelecer diferentes níveis de autorizações do uso do sistema pra a equipe da sua empresa, ou seja, limitar o acesso do dispositivo para que cada usuário tenha acesso a algumas informações dentro do sistema.
Invista em cloud computing
Ainda é comum encontrar muitas clínicas que utilizam arquivos de papel, gavetas enormes e até mesmo salas inteiras só para armazenar documentos e informações de seus pacientes. No entanto, essa prática submete esses estabelecimentos a uma série de problemas, como perda ou danos dos documentos, falta de organização, poeira nos arquivos e extravios.
Uma alternativa viável para sua clínica é a utilização da tecnologia de armazenamento de dados em nuvem (em inglês, cloud computing). Ela consiste em oferecer recursos e serviços computacionais online sem a necessidade de instalar várias ferramentas, assim garantindo a segurança e a integridade dos dados dos pacientes.
Além disso, nesse sistema em nuvem, os dados ficam distribuídos em diferentes servidores e, na maioria das vezes, podem ser acessados remotamente pelos profissionais, dando agilidade ao processo.
Não publique ou discuta casos clínicos dos seus pacientes nas redes sociais
Mesmo que esteja em grupos fechados ou comunidades específicas, não é recomendável a troca de informações dos seus pacientes e a discussão de casos clínicos. As redes sociais e os aplicativos de mensagens instantâneas não devem ser utilizados para esse objetivo.
Além disso, é necessário ter cuidado ao fotografar pacientes e divulgar suas fotos ou imagens de exames. Não se esqueça de que a publicação de qualquer material só pode ser realizada com o consentimento do paciente em questão.
Conscientize os colaboradores sobre a importância de garantir segurança
Médicos e profissionais da saúde precisam ter uma atenção especial em relação à informação dos pacientes, pois todas elas são confidenciais e extremamente sigilosas. Afinal, de nada adianta todo o aparato tecnológico se os usuários não forem conscientes dos riscos a que estão submetidos.
Ter ciência da política de segurança de informação, conhecer as regras, suas implicações e envolver toda a equipe são ações necessárias para conscientizar os usuários e reforçar a ideia.
Para isso, o treinamento generalizado e o estímulo à cultura de atenção com a segurança do sistema são fundamentais para garantir a proteção das informações em saúde. Tais qualidades podem ser representadas pelo uso consciente de acessos, senhas e dispositivos, por exemplo. E por falar nisso…
Faça backups e troque senhas com regularidade
A possibilidade realizar backups é uma das soluções dos programas para assegurar que os dados importantes não sejam perdidos. O backup é basicamente um recurso que recupera cópias dos arquivos quando há algum dano ou perda de dados. O ideal é que esse serviço seja configurado nos servidores, para criar uma rotina automatizada que possibilite aos documentos uma validação constante.
A utilização de contas compartilhadas pelos profissionais do estabelecimento é uma prática muito comum. Por isso, o hábito de trocar as senhas regularmente e ter um acesso individual entre os usuários pode evitar a exposição e o extravio de dados. Uma boa opção é criar senhas mais complexas, com números e variação de letras maiúsculas e minúsculas.
Integre os sistemas médicos
Ter apenas uma solução para gestão de toda a unidade da clínica elimina com eficiência a maioria dos riscos, já que, para a equipe de TI, o monitoramento torna-se mais simples, facilitando as tomadas de decisões quando os problemas são detectados. A integração dos sistemas permite flexibilidade, redução de custos e eficiência no atendimento ao paciente, além de contribuir para o aumento da qualidade e segurança no diagnóstico e cuidado aos pacientes.
Essa alternativa também auxilia os gestores na tomada de decisões, afinal, dispõe de relatórios que cruzam dados dos diversos departamentos e apresenta um panorama mais completo do andamento da operação.
Adote políticas de segurança da informação
No que se refere à proteção das informações de pacientes no mercado de saúde brasileiro, em 2004, a Agência Nacional de Saúde (ANS) estabeleceu um padrão para a troca de informações entre as operadoras e prestadoras de serviços. Em 2006, ela incorporou diretrizes de segurança de informação na área da saúde com a ISO/NBR 17799, exigindo, dentre outras coisas, o seu uso durante o armazenamento de dados de forma digital.
Essa norma tem por objetivo assegurar a privacidade dos dados dos pacientes, minimizando o risco ao negócio e garantindo a sua continuidade. Diante disso, nota-se a importância de implementar medidas para melhorar a gestão de segurança da informação.
Torna-se evidente, portanto, que a segurança da informação deve ser uma prioridade entre os empreendedores e profissionais do setor da saúde. A privacidade e a segurança são riscos altamente gerenciáveis e que, com a adoção das práticas abordadas, podem ser devidamente sanados, aumentando a qualidade do serviço prestado.
Agora que você já sabe como garantir a segurança de informação em sistemas médicos, que tal conhecer os motivos que tornam um software necessário para sua clínica? Até a próxima!
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